quinta-feira, 23 de abril de 2009

Repetição.

Não me sai.
Rádio soprando, mesma canção.
Não me sai.
Ácaro grudado, pó de diamante.

Falo com os olhos
como se inventasse o que dizer
E prego, rogo em pensamento
Por não ter o que dizer

E magro, largo sangue
Poro suado, excremento de pele
Largo dor, e mestro
Sem possuir coisa.

Aos dedos me fogem
a cera que compõe pensamentos.
Aos dedos, fissurados, largo sangue de raspagem cerebral

Tento.
Não penso.
Vago.
Imerso.

Imenso mar de ar.

Um comentário:

Joao JIM disse...

isso de falar com os olhos é a mais pura verdade...
tem até meu blog nesse!! aiueaheiuahue