São pouquíssimos os momentos em que posso colocar as pernas pra cima e não pensar. Não pensar em você e no seu jeito de andar, não pensar no que fazer e que roupa colocar. Às vezes, depois de ter tirado toda a minha roupa sem malícia, fico deitada olhando as estrelas artificiais do meu teto, esperando nada, vendo pensamentos passarem como pessoas na rua na hora do rush. Muitas pessoas, muitos pensamentos. Deixando o corpo respirar o ar limpo de casa limpa. Com o seu cheiro nos lençóis, no meu nariz e na minha fraca memória.
Sinto sua falta. Hoje, sem complicação. Tanto que olho para a mesma janela todos os dias ao passar de carro por ali. Algumas coisas mudaram e meu mundo tem sido tão irreal. Parece que não existo quando a luz se apaga e os vagalumes se afastam escurinhos. Um bichinho de luz pousou no meu ombro de moletom branco. Esse moletom é meu, que besteira a minha de devolver o seu. Não só o moletom, mas a sua presença e o seu amor. Só não queria que me odiasse, mas não me odiar nunca vai ser suficiente. O que eu gostaria que você sentisse joguei fora por querer outra coisa irreal ainda.
Ah, meu bem... como eu queria que você estivesse aqui e me atrapalhasse e anotasse as besteiras que eu digo entre o sono e a vida e respirasse no meu rosto um sonho qualquer.
Volta aqui.
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