Matei meu dedo hoje. Tudo porque ele não parava de pensar. Nesse caso, mato mesmo. Dedo não pensa, age. Dedo não se recolhe, aponta. Dedo não quebra, torna a se abrir, se desconjuntando e se conjuntando à medida que a cabeça de verdade começa a pesar. Não. Pensar. Ah, ok. Pesar também, vai.
Pensar dói! E o pensamento pensou que deveria parar de pensar nisso e acabou pensando mais e pesou. Deu muito mais de uma tonelada. Aliás, nem deu pra quebrar. O número é muito maior do que a balança digital é capaz de medir. Numa balança de ponteiro, os ponteiros desistem no meio do caminho cansados de contar.
Sério, agora.
Larguei os dedos pra trás e resolvi mexer as coisas com a mente.
Dedos, pra que te quero.
Correram direto para o banheiro, enfiaram-se no vaso e deram descarga uns nos outros.
Adoram nadar, olha que maravilha.
Sério, agora, Mirandinha.
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Conta comigo?
Claro, irmão.
Sou todo ouvidos.
Mas, se precisar de dedos, esqueça-os!
Não sei onde foram parar.
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