quinta-feira, 23 de abril de 2009

Esqueceram-se das trevas.

Esqueceram-se das trevas.
Hoje é tudo prosa.
Hoje é tudo rosa.
Esqueceram-se das trevas.
Trevas espessas figuradas pairadas
Manadas pesadas de pura marca.
Marcas sem lamento
Rimas sem contento
Vento...

Esqueceram-se das trevas
Que fazem tudo rodar
Esqueceram-se das trevas
que a todos dá lugar.

Ah, sangrento pulso
sangrenta sorte
sangrento amor.
Amor banhado em ódio intenso
Sangrento grito
sangrento argumento

Mamãe, mamãe
Dê um lugar a mim na sua treva pessoal.

Me curvo diante da vida,
brilhante vida
pra da hipocrisia longe passar
E passo, na sombra tremida
de árvore. Ventania

Me encontro, ausência de luz
Me perco presença brilhante
Brilhante leigo, brilhante satisfação

Fingimento cansa
Treva repousa e nela descanso.
A treva de mim
A sombra de mim



Meu lugar, enfim.



Esqueceram-se das trevas.
De mim ela não se esquece.

3 comentários:

Magda Castro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Magda Castro disse...

O melhor da vida são as surpresas - boas. Começar alguma coisa sem saber aonde aquilo vai lhe levar é meio aventura, sim, mas descobrir que perdeu tempo demais em começar mistura uma confusão na cabeça da gente; mas fica o gosto, muito gostoso, de encontrar algo incrivelmente lindo depois de passada nova porta.
Ler as confissões, os devaneios, as reflexos ou poemas, o que seja, de uma moça extremamente inteligente e criativa é dar sabor de vinho raro à simplicidade.
Ler Amanda Miranda em qualquer um de seus papéis, me dêem licença. é prazer prá nenhum outro superar; por muitas, e algumas inconfessáveis, razões. E uma delas é que ela não é amadora, já nasceu pronta, só está, por enquanto, "escolhendo o que vestir".
Um brinde, gata!!

Joao JIM disse...

dos 3 esse foi o que eu mais gostei!