O chão também desabou, assim como minha maquiagem e o que restou das minhas roupas.
Sobrou um vazio que espeta.
Não sei bem dizer se foram os olhos inchados que me trouxeram a má visão, mas tudo bem distorcido a minha frente parece morrer devagar. A diferença é que agora não vou junto.
Nasci para sobreviver, mas vou fazer disso uma vida agridoce pensando em um dia de cada vez. O que ficou para trás não esqueço, mas não me modifica o humor. O que ficou para trás ficou mais sutil. O que ficou para trás já não me pertence mais.
Porque eu deixei minha cabeça e meu coração nos palcos.
E é lá que permanecerão.
Isso é permanecer.
Isso é não desistir.
Isso é correr atrás do que se quer.
Isso é lutar.
Isso é ficar.
Isso é gostar.
Isso é se responsabilizar.
Pela primeira vez, o amor faltou.
E não pretende voltar.
Um comentário:
Adorei os textos, muito bem escritos!
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