Disfarça, ser, todo o seu asco raso.
Toda essa sua superficialidade, todo o seu conhecimento inventado.
Disfarça, escória, toda a sua vontade mista com maldade e chateação.
Palpita, mas disfarça!
Toda a sua linda imagem está em jogo agora.
Disfarça, grita o seu oco, mas disfarça.
Limpa seu troco, mas disfarça.
Esnoba outro corpo, mas disfarça.
Sê bom e omisso.
Forte e sarnento.
Louco e gosmento.
E disfarça pelo amor.
Disfarça, por favor.
Disfarço e largo minhas paredes de lado.
Nem tenho mais unha pra cravar na tinta descascada.
Nem imundície pra casar com o carvão desenhado.
Vou ali jogar água nessa sujeira.
E renovar a muntueira de criação.
Haja disfonia, maravilha.
Minhas fantasias foram parar em outras mãos.
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